Perfect Hell - II

Anteriormente, na Décima Temporada.... 

Mulder deu uma guinada rápida no volante, entrando em uma rua à sua direita. Ainda ouviram a freada do carro que os perseguia. 

Aquela rua tinha uma única saída. A questão agora era chegar lá antes do outro carro.

Pelo barulho da freada, Mulder imaginou que seu perseguidor teria voltado e entrado na mesma rua que eles. Mas não havia nenhum outro carro atrás.

O mais provável era que o carro negro já tivesse contornado o quarteirão e os dois carros se encontrariam no fim da rua. 

A única alternativa que lhes restava era, então, prosseguir o mais rápido possível, esperando não colidir com qualquer outro carro que estivesse na rua principal. 

Ao deixarem a rua estreita ainda puderam ver o carro preto surgindo do cruzamento oposto. Mulder acelerou o máximo que pôde, e por alguns instantes, os dois carros se encontraram, praticamente frente à frente. 

Mulder desviou com rapidez evitando a colisão e buscou uma nova via de fuga. 

A corrida continuou por mais um quilômetro com os dois carros emparelhados.

Mulder acelerou ainda mais e ao ver que poderia escapar por uma rua paralela, freiou de repente.

A manobra fez com que a camionete derrapasse e todo o peso da parte traseira fosse lançado para a direita, onde estava o carro preto.

O barulho do metal foi a primeira coisa que deu certeza a Mulder de que as coisas haviam fugido de seu controle.

A força do impacto lançou seu corpo contra a porta do passageiro. 

Ele sentiu Scully batendo contra seu ombro.

Então todo o movimento do carro cessou.

Mas não ouvia nenhum barulho vindo do banco do passageiro. Scully estava silenciosa demais. Com receio de sequer tocá-la, Mulder procurou por sinais de vida.

Naquele momento percebeu o motorista do outro carro fugindo. Por uma breve fração de segundo teve o impulso de perseguí-lo, mas por duas razões se deteve. 

Ao ver o homem fugindo conseguiu ver sua face. 

Knowle Rohrer.

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Scully acordou lentamente. Seu corpo doía e ela não entendia o que havia acontecido. Talvez tivesse batido a cabeça com força suficiente para ter uma concussão e agora não conseguia lembrar do acidente que a havia trazido até aquele lugar.

Onde estaria Mulder? 

Ela estava assustada. Depois de tantos anos se escondendo, sempre tendo Mulder ao seu lado, acordar em um local desconhecido era apavorante.

O lugar era como uma casa antiga, de estilo vitoriano, mas em total decadência.

Se lembrava de ter estado certa vez em uma casa assim, há muitos e muitos anos. Fantasmas, isso! Ela e Mulder às voltas com fantasmas.

O pensamento e a lembrança a fizeram sorrir e afastaram por alguns instantes o medo que começava a crescer e ameaçava dominá-la.

De novo a pergunta, onde estaria Mulder? 

Estava escuro, mas não o suficiente para que ela não pudesse olhar bem ao seu redor. Ele não estava ali. Não havia ninguém ali.

Não ousava chamar pelo nome de Mulder. Ele certamente não a havia colocado naquela situação. Quem quer que fosse que a trancara naquela casa imunda e decadente estaria, quem sabe, esperando que ela acordasse.

Por alguma razão, que somente poderia ser explicada como sendo instinto de sobrevivência, Scully achou melhor continuar como estava. Quieta e em relativa segurança. 

Mas onde estaria Mulder? Estaria vivo?

E seus pensamentos voltavam ao ponto inicial. Era tudo o que lhe restava naquele instante. Seus pensamentos.

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Scully não sabia dizer quantas horas haviam se passado desde que acordara pela primeira vez naquele lugar horrível. Mas pareciam séculos.

Finalmente, resolveu se levantar, e examinar seu cativeiro. Não havia nada que servisse como arma, naquele lugar. Haviam alguns pedaços de pau no chão, mas não passavam de leves ripas de madeira, meio apodrecidas.

As janelas estavam todas bloqueadas e nenhuma luz conseguia ultrapassar tal barreira. 

O chão estava coberto de poeira. Não uma simples poeira, que se acumula durante uma semana, e que basta uma vassourada para que ela desapareça.

Era uma poeira antiga, viscosa até. Dessas que se entranham na madeira. Nenhum móvel era visível. A porta da frente não parecia bloqueada, mas Scully pôde notar que estava empenada. Seria impossível para ela sequer mover a porta. 

Como havia entrado ali senão pela porta da frente? 

Decidiu vasculhar a casa, agora mais confiante.

No entanto, como constatou, se havia uma saída Scully simplesmente não sabia como encontrá-la.

Mesmo a escada que poderia significar sua saída dali estava aos pedaços e não serviria como escapatória. Sentia-se em um beco sem saída.

Scully sentiu-se subitamente muito cansada, como se todas as suas energias tivessem se esvaído. Sentou-se lentamente e ficou ali, incapaz de mover-se, por mais que tentasse. Lutava para manter seus olhos abertos, sentia como se houvesse água dentro de sua cabeça, até mesmo respirar se tornara difícil, extremamente cansativo.

De repente, ouviu um barulho. Vozes.

Scully ficou em completo silêncio, tentava não respirar, para não fazer qualquer barulho, por menor que fosse. Não tinha certeza de que conseguiria dizer algo, ou fazer alguma coisa, mas tinha dúvidas de que fosse seguro chamar a atenção sobre si.

Mas algo chamava sua atenção naquelas vozes. Não era o que diziam, apesar de ter certeza de que seu nome havia sido mencionado, mas o timbre das vozes lhe era familiar.

A sensação de que conhecia quem estava se aproximando foi ficando mais forte, e ela começou a notar que o ambiente ficava mais claro e limpo, à medida que aquelas pessoas se chegavam mais perto.

Os pedaços de madeira podre desapareciam lentamente, as janelas começavam a deixar a luz entrar, e as paredes se tornavam, aos poucos, brancas e limpas.

A escada, antes destruída, agora estava perfeita.

Scully estava tão absorta vendo tantas mudanças estranhas, que não percebeu quando as vozes se calaram.

Percebendo, enfim o silêncio repentino, desviou seu olhar para o ponto de onde haviam vindo as vozes. Foi quando se deu conta do porquê aquelas vozes lhe serem familiares.

À sua frente estavam sua mãe, Melissa e no colo de sua irmã estava Emily.

Scully lutou para dizer algo, para perguntar se estava viva, mas nem um som saía de sua boca. Ela viu sua mãe se aproximar, mas ao invés de ficar contente, Scully se preocupou.

Havia algo muito errado em tudo aquilo. A casa antes decadente havia se transformado em sua antiga casa, onde ela havia crescido com seus irmãos. Mas o que mais a assustava, na verdade, era o semblante zangado de sua mãe.

_ Dana, como pôde fazer isso?

Scully tentou responder, tentou perguntar o que havia de errado, mas o silêncio a dominava.

_ Como pôde abandonar tudo o que acreditava, deixar sua família, seu filho! Você não se importou com ninguém, só com você mesma. Sempre foi assim, não foi? Fez isso com seu pai, fez isso comigo, sua irmã, seu bebê!

Novamente, Scully nada respondeu e dessa vez Melissa se aproximou e passou a fazer as mesmas acusações.

_ Dana, você me abandonou também. Você não se importou com a minha segurança. Eu fui atingida no seu lugar, e você não se importou. Me deixou morrer. Como pôde fazer isso?

O surrealismo de tudo aquilo teria feito Scully rir, se alguém lhe contasse a mesma cena. Mas não havia nada de divertido em ver sua mãe e irmã tão zangadas, tão magoadas e por culpa exclusiva dela mesma.

Melissa colocou Emily no chão. A menina caminhou até Scully, lentamente. Parecia flutuar. Não disse nada, no entanto. Apenas ficou à frente de Scully, o semblante infantil tão sério que parecia ser de alguém muito mais velho.

E então, Scully viu as lágrimas escorrendo no rosto da criança e se sentiu culpada por ter deixado Emily partir, tantos anos antes.

Não, não fôra sua culpa! Porque se sentia tão culpada por coisas que sabia não serem, de forma alguma, sua culpa?

Não havia deixado Melissa morrer. Tentara avisá-la. Tentara afastá-la do perigo.

Quanto a sua mãe, ela não a havia abandonado. Não tivera outra saída. Eles tinham que fugir, caso contrário seriam mortos.

Scully tentou racionalizar toda a situação. Estava sonhando. Havia se cansado procurando uma saída da velha casa e havia dormido.

Agora precisava somente acordar. Mesmo que fosse para se encontrar ainda presa naquela casa.

Scully fechou os olhos e a escuridão tomou conta, também, da sala onde estava.

Quando abriu os olhos novamente, viu que estava no mesmo lugar destruído. Por instantes, deu graças por estar ali. Podia suportar uma casa velha e caindo aos pedaços, mas não tinha certeza se agüentaria um confronto com seus próprios demônios. 

Mas e se não fosse isso? E se não fosse sua consciência apontando suas falhas?

Não queria pensar na outra possibilidade. Se fossem fantasmas, isso significaria que sua mãe estava morta e, também, que as três pessoas que tanto amara, haviam morrido considerando-a culpada por seus sofrimentos.

Scully começou a tremer, de frio, medo ou as duas coisas juntas. Queria poder dormir e somente acordar quando já estivesse em segurança. Mas, ao mesmo tempo, tinha medo de fechar os olhos novamente.

Que novos fantasmas surgiriam para assombrá-la?

Ela não queria sequer pensar nisso. Manteve os olhos abertos, a muito custo. Para se distrair, começou a buscar no chão imundo formas interessantes, como quando se busca formas em nuvens.

Mas as formas que via a deixaram mais confusa.

Ao seu lado, perto de sua mão, via claramente um trem, e por segundos achou que ele se movia. Desviou o olhar, assustada e se deparou com a figura de um bebê, feito de pó e sujeira. Mais uma vez, desviou o olhar, mas dessa vez tudo ficou diferente. 

Escutou o choro de um bebê, seu bebê.

Não! Ele não havia morrido! Ela repetia isso, em sua mente, sem parar, como que para exorcizar aquela idéia. 

O choro cessou. 

Mas um riso infantil seguiu o silêncio. Um menino de cabelos escuros e olhos verdes se aproximou devagar.

Não podia ser William, ela pensou. Seu filho não teria cabelos escuros, ela tinha certeza disso. 

E então o menino começou a falar algo que ela não conseguia entender direito. Ela queria dizer a ele que falasse mais alto, que não podia ouvi-lo.

Nesse momento, o menino parou de sorrir e a encarou com olhos adultos. Uma eternidade se passou antes que ele, finalmente, dissesse algo.

_ Mamãe, senti sua falta. Sentiu a minha?

Scully não podia responder. Queria desesperadamente gritar que sim, que sentira falta daquele menino, mas sua voz não saía.

_ Porque você não me quis?

Novamente o silêncio. 

O menino se aproximou mais e estendeu sua mão em direção ao rosto dela. Scully ansiava por aquele toque, mas o menino não a tocou.

Faltavam apenas alguns milímetros para que ele a tocasse, mas, por alguma razão, ele permaneceu quieto, como que paralisado.

Scully imaginou que, se o tocasse, ela se livraria daquele estranho encantamento, mas ela mal conseguia respirar, quem diria mover-se.

O menino se abaixou, e seus rostos ficaram frente a frente. Ela podia sentir sua respiração quente, podia ver seus olhos verdes brilhantes que refletiam seu próprio rosto. E seu próprio medo.

_ Você vai me deixar de novo?

A pergunta deixou Scully desesperada. Queria dizer que não. Que sempre o quisera ao seu lado, mas que seria perigoso para a criança ficar com ela e Mulder.

Como se escutasse os pensamentos dela, o menino ficou ainda mais sério e disse com desprezo.

_ Você só arruma desculpas. Eu odeio você.

Então se afastou e a casa ficou novamente escura. Scully fechou os olhos e esperou pelo que ainda estava por vir. Mas nada a prepararia para o que aconteceu em seguida.

O trem que havia visto desenhado na poeira do chão, parecia estar ganhando vida e crescia à sua frente.

Saía das profundezas do piso de madeira e corria em sua direção. Scully queria correr, fugir dali, mas nada podia fazer.

Fechou os olhos com força, implorando para que aquilo acabasse de vez. Quando abriu os olhos, novamente, Mulder estava à sua frente. Nem sinal do trem, mas Scully não ousou agradecer o destino por isso.

Ele estava morto, não passava de mais um fantasma que a acusava de coisas terríveis. Seu rosto era sério, e Scully já sabia, antes mesmo que ele abrisse a boca, quais seriam suas palavras.

_ Scully, não faça isso comigo.

Sua voz era nervosa, trêmula. Scully queria tocar sua face, dizer que nunca quisera magoá-lo. Mas sabia que não podia se mover. Teria que ficar ali, ouvindo o que ele tinha a dizer sobre ela. 

Devia ser seu inferno. Não eram eles que estavam mortos. Era ela que havia morrido e agora era obrigada a admitir suas culpas, seus erros e pecados.

Scully fechou os olhos novamente, ignorando ao menos essa tortura. A escuridão tomou conta de tudo, novamente.

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Mulder não sabia o que fazer. Tentou acordar Scully diversas vezes, mas sem sucesso. Tinha receio de tirá-la do carro, já que poderia machucá-la ainda mais, mas tinha mais medo de deixar que uma ambulância chegasse e a atendesse.

Quando ouviu o barulho de uma sirene, imaginou que pudesse ser uma viatura policial, chamada pelos moradores da rua que, certamente, ouviram o enorme estrondo causado pela batida.

Mulder deixou de lado a precaução e sacudiu Scully levemente.

_ Scully, não faça isso comigo.

Ela não se moveu, mas ele não podia esperar mais. Soltou o cinto de segurança que a prendia e a retirou do carro, com cuidado, mas também com rapidez. 

Tinham que deixar aquele local antes da polícia chegar.

Não foi fácil fugir carregando Scully, mas Mulder tinha certeza de que era a melhor saída. 

O que ele não podia prever era que o homem que havia causado tudo aquilo ainda estivesse nas redondezas, talvez para se certificar de que ninguém naquele carro saísse com vida.

Quando Mulder entrou em um beco, carregando Scully nos braços, viu de repente frente à frente com seu perseguidor. Nenhuma ação era possível naquele momento. 

Não podia largar Scully e lutar com o homem. Já havia tentado lutar com aquele homem, ou uma réplica sua, anos antes sem êxito. Era um supersoldado, sem dúvida, e havia pouco o que Mulder pudesse fazer a respeito.

Restava-lhe a fuga, mas teria que voltar para o lugar de onde havia vindo, e naquele momento já havia algum policial por ali.

Entre um perigo e outro, Mulder decidiu pelo mais humano. Deu meia volta rapidamente, buscando a segurança da rua.

Mas não conseguiu, sequer, dar dez passos antes de ser derrubado por Knowle. Scully caiu estrondosamente ao chão, e Mulder temeu que isso pudesse matá-la. Mas não teve muito tempo para se certificar de que ela estava bem.

Em segundos, estava sendo levantado do chão e lançado a uma distância de uns três metros. Caiu ruidosamente em cima de algumas caixas de papelão, mas não se machucou o suficiente para não tentar retirar Scully da frente daquele homem.

Mulder correu na direção dele, usando uma força que jamais tivera, talvez movido por medo, frustração, raiva, um acúmulo de sentimentos que só encontravam uma forma de liberação. O ataque, talvez suicida, ao objeto de tanta angústia.

O máximo que Mulder conseguiu fazer, no entanto, foi desequilibrar o homem. Mas isso lhe deu tempo de se jogar para frente e pegar Scully. Ainda a segurando, Mulder se jogou contra a parede e percebeu que ali havia uma porta. Se pudesse abrir a porta e entrar no prédio, talvez ganhasse tempo para acordar Scully e os dois fugiriam dali o mais rápido possível.

Jogou seu corpo contra a porta de ferro, mas esta não cedia. Enquanto isso, seu perseguidor avançava lenta e despreocupadamente. Certo de que suas presas não tinham escapatória.

Mulder começava a ter essa certeza, também.

Agora agradecia a Deus por Scully não estar acordada. Sua morte não seria dolorosa. 

Estranhamente não acreditava que morreriam. Tinham escapado tantas e tantas vezes da morte, que agora parecia somente mais uma daquelas vezes.

Mas no fundo ele sabia que aquela seria a última vez. 

Ao menos estava ao lado dela, ao menos tinha Scully em seus braços, e isso de certa forma o confortou.

Mulder a abraçou com força, tentando protegê-la naqueles últimos minutos. Fechou os olhos e aguardou. Era o que havia feito durante tanto tempo. Tudo o que havia feito, durante os últimos dez anos, era esperar pelo fim. 

E este havia chegado. 


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O ex-Diretor Assistente permanecia imóvel na enorme e confortável sala que agora era seu escritório. Não era uma das salas do FBI, mas servia a seu propósito. Dali podia, praticamente, controlar o mundo.

Era um prédio alto, um dos mais antigos de Washington. E sua sala ficava no último andar. Às vezes, sentia como se pudesse ver o que acontecia com cada ser que caminhava nas ruas abaixo dele.

Não que se importasse com o destino de quem quer que fosse. Havia havido um tempo em que ele ligava para isso, mas agora, tendo-se passado tantos anos, ele aprendera que sentimentalismo não passava de fraqueza.

Que isso o derrotaria, o mataria.

Ainda perdido em pensamentos, ajeitou sua mesa e abriu sua gaveta, em busca de um bloco de notas.

Ouviu a batida na porta, e pediu para que a pessoa entrasse.

Era aquele homem, Knowle, mas ele sabia que não era o mesmo homem. Um clone, uma aberração da natureza. Ainda não se acostumara a ver aquele homem por perto. Sentia-se pouco a vontade quando ele entrava em sua sala.

Tentou disfarçar seus sentimentos, mantendo-se frio e distante.

_ O que houve?

_ Mulder e Scully estão mortos.

Ele não disse nada. Ficou em silêncio sem saber muito o que dizer, o que pensar. Até que, finalmente, ousou perguntar detalhes ao homem.

_ Como?

_ Eu os vi saindo do hotel e os segui. Houve um acidente com o carro. A mulher morreu na hora, quanto a Mulder eu o peguei em um beco. Estão mortos.

Novamente, não havia muito o que dizer. 

_ Dispensado.

Knowle saiu da sala, deixando o ex-Diretor Assistente perdido em seus pensamentos. Àquele ponto, era impossível definir quais seriam seus sentimentos. Talvez nem mesmo ele pudesse dizer o que estava pensando, mas certamente não era algo agradável.

Não era com prazer que havia se livrado do obstáculo que seria o retorno de Mulder e Scully na cidade. E não seria com prazer que eliminaria os próximos obstáculos. 

Segurando o bloco de notas, escreveu alguns nomes. Sua mão tremeu levemente ao escrever o nome de alguém incapaz de causar o mal a quem quer que fosse. Mas ele sabia que o futuro seria diferente. Tinha que se preparar para o futuro.

Com esse ideal, sublinhou duas vezes o nome de William.


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A Décima Temporada foi trazida a você por Subsolo.org, com patrocínio do Instituto de Física Avançada Roland. Aprenda tudo sobre física, até como congelar uma cabeça humana.